O R. estava num excitex. Desde sexta-feira, quando chegou da escola, que queria oferecer ao pai a prenda que fez. Ainda ficou tentado a dar-lhe logo, mas depois achou melhor não, porque isso significava chegar a domingo sem a surpresa. Aguentou-se. No sábado voltou a perguntar. À noite ainda ensaiou um "à meia-noite já é domingo, não é mãe?". É, mas a sorte é que a essa hora ele já dormia.
8h30, sem despertador, claro está, lá vem ele perguntar se já podia ir buscar a prenda do pai à gaveta. Estores para cima, sol a entrar. Um pai meio a dormir ainda, lá abriu o olho e viu o presente que o esperava. O R. seguiu cada momento com um brilho de antecipação nos olhos, curioso para ver a reação do pai. Uma chávena, desenhada por ela, com a bonita e simples mensagem "amo-te Pai". E depois, um poema, que ele "leu" muito concentrado e que terminava com "os teus beijos sabem a amora"
E porque ele estava mesmo muito orgulhoso do resultado do seu trabalho, fez questão de pedir ao pai para tomar o pequeno-almoço na chávena nova. O A. estava com vontade de comer Nestum, mas só para lhe fazer a vontade e não o desapontar lá aceitou tomar café com leite e torradas.
Para o fim ficou aquilo que tinha menos graça. A prenda que a mãe comprou para os filhos oferecerem e que é sempre um misto do isto-faz-falta-aos-dois com o que-bom-que-até-há-a-condizer.
Como o dia começou cheio de sol, houve ida ao parque, futebol na relva, almoço no Mac e depois uma visita ao avô Z. que fazia anos e lanche no Café Saudade, em Sintra, com o avô R.
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