10 coisas que marcaram 2011

A Raquel do http://tretasminhasetuas.blogspot.com/ desafiou-nos a enumerar 10 coisas que marcaram o ano de 2011. Vou ser a primeira aqui da chafarica, mas espero que as outras mommies sigam o exemplo, ok?

Cá vai

♥ Começamos o ano cá em casa, num jantar com alguns amigos. Na varanda pedi os doze desejos, que na verdade acho que foram só dois: engravidar, engravidar, engravidar e muita saúde para todas as pessoas de quem gosto. 

♥ 4 de Janeiro o A. é operado a uma hérnia inguinal. Fiquei duas semanas com ele em casa. Adoro quando está assim frágil e precisa de mimo...

♥ A 5 de Fevereiro descubro que estou grávida. Não fiquei eufórica, até porque era a quarta vez que fazia um teste positivo e das outras vezes acabou sempre por correr mal alguns dias ou semanas depois. Mas senti que era diferente, sobretudo porque fiz pela primeira vez um teste digital e aquilo dava 3+, portanto mais de três semanas, o que me fez ter esperança que estivesse a evoluir. Ainda assim no dia seguinte fui às urgências à CUF e aí sim o meu coração rebentou de alegria: no monitor da ecografia lá estava um pontinho preto... o meu mini R.

♥ A 14 de Fevereiro faço a primeira ecografia a sério na MAC e sou informado que os meus testes ao sangue, que tinha feito uns meses antes, tinham chegado e tenho uma trombofilia derivada de uma mutação num gene qualquer. Sou encaminhada para a consulta de alto risco e avisada que vou ter que dar uma injeção diária a mim própria até ao fim da gravidez. Foi tranquilo, o mais importante era o bebé. Gravidez de alto risco diagnosticada e a baixa pelo menos até aos 3 meses.

♥ A 19 de Maio foi o lançamento do meu livro, na Fnac do Chiado. "Estes políticos devem estar loucos" foi o meu primeiro bebé do ano, o resultado de mais de um ano de trabalho de pesquisa e escrita em parceira com a minha amiga e colega Catarina Madeira. Correu muito bem e acho que conseguimos publicar uma obra muito divertida e, sobretudo, interessante. A apresentação foi muito emocionante, com discursos de Manuel Meirinho e Francisco Assis. Seguiram-se muitas entrevistas, sobretudo na televisão e na rádio: TVI, SIC Radical, Antena 1, Antena 3, RTP Memória, Porto Canal, Económico TV...

♥ A 3 de Junho fiz a eco morfológica e soubemos que vinha aí um rapaz. Foi lindo. O ecografista da MAC era um divertido e esta eco é a coisa mais maravilhosa de sempre. Vimos tudo: dedinhos, coração, nariz, boca, sei lá eu... uma hora de coração a transbordar de amor por aquele ser minúsculo. Consulta com a obstetra a seguir e a indicação de que posso voltar a trabalhar porque está tudo bem. 

♥ 6 de Junho regresso ao jornal. O Passos tinha ganho as eleições no dia antes e Sócrates tinha-se demitido. O "meu" PS estava em mudanças e a adrenalina da notícia voltou a correr nas minhas veias. Não exagerei e andei sempre calminha... 

♥ 18 de Junho - o A. sai para ir comprar o jornal e eu fico na cama. Quando vou à casa de banho vejo sangue. Pânico!!! Pernas a tremer, coração a bater a mil, suores frios, mil um pensamentos terríveis a passar à minha frente. Ligo ao A., ele chama os bombeiros e 15 minutos depois estou a caminho da MAC de ambulância. Fui a rezar da Ericeira lá, numa calma exterior que escondia o pavor que sentia... Respirei de alívio quando ouvi o coraçãozinho dele a bater e o baby a mexer no ecrã... Tinha sido um coágulo no colo do útero que tinha rebentado, mas estava tudo bem. Ordens para ficar em casa até ao fim da gravidez e repouso absoluto 2 semanas, pelo menos.

♥ 11 de Setembro - 35 semanas e 5 dias - após um jantar de amigos cá em casa até às duas da manhã, acordo às 3horas com uma torneira a abrir-se dentro de mim. Águas rebentadas. O A. pega na minha mala e do baby e lá fomos para a MAC. Custou muito até à epidural, mas na hora de fazer força foram 15 minutos rápidos. Às 15h quando o ouvi chorar e vejo aquele ser cinzento e ensaguentado o meu coração explodiu. O A. até se esqueceu que era para tirar fotos:))) Que emoção, meu Deus.

♥ Os meses seguintes foram dedicados em exclusivo a ele, aliás como todo o resto do ano.

Posto isto, com um filho e um livro só falta mesmo plantar a árvore, como escrevi aqui há uns meses.