O R. é um verdadeiro desavergonhado. É daqueles miúdos que não se esconde atrás de mim por praticamente nada, que é muito senhor de si e que não deixa de fazer nada por vergonha. Mas esta deixou-me de queixo caído.
Como qualquer miúdo, o R. adora aqueles carrinhos que há nos supermercados e nos cafés, em que se põe a moeda e eles andam durante um ou dois minutos. No café onde costumamos ir ao fim-de-semana há um desses do Noddy e de todas as vezes ele pede uma moeda para andar. Como sou da opinião que tem que haver regras e que um euro todos os dias para aquilo é uma roubalheira, nem sempre lhe dou. Um destes dias estávamos eu e a minha sogra com ele no tal café e ele vem pedir a moeda.
Pediu-me a mim, eu disse que não.
Pediu à avó e ela disse que não.
Resposta dele:
- Então vou pedir à sinhora!!!
E não tem mais nada... vai até ao balcão e pede uma moeda à empregada!!!!! Claro que ela se riu e eu pedi imensas desculpas. Lá lhe expliquei que a senhora não tinha moedas e que naquele dia ninguém tinha, porque tinha-se gasto tudo nos cafés e no queque que ele tinha acabado de comer. Não ficou muito convencido, mas rapidamente se esqueceu.
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