Nos últimos dias tenho tido algumas discussões saudáveis e pensado bastante sobre a questão do fecho da MAC. Baby R. nasceu lá, eu fui sempre acompanhada na consulta de alto risco desde o primeiro dia em que soube que estava grávida. Fiz lá todos os exames, todas as ecos, todas as análises. Foi lá que me detectaram, ainda na Consulta de Apoio à Fertilidade, um problema de coagulação cujo teste já tinha feito há dois anos na CUF Descobertas e não tinha dado nada. Foi para lá que corri quando às 24 semanas tive um coágulo que rebentou no cólo do útero.
Quanto a tratamento por parte do pessoal... cinco estrelas. O A. assistiu do princípio ao fim ao parto, tirou fotos, levou o R. para a pesagem, para a limpeza, para a medição. Esteve ao meu lado na hora de dar de mamar pela primeira vez. Durante as duas noites que lá estive, as enfermeiras foram incansáveis, sempre simpáticas e prestativas.
Perante isto, é uma questão de afectividade não conseguir aceitar o fecho da MAC? Talvez.... mas quero acreditar que é mais do que isso. Encontrei ali o que não encontrei em nenhum outro lado: todas as valências necessárias para a mãe e para o bebé colocadas num único sítio. Ali não há a questão de ser preciso transferir qualquer um para outro lado... ali está tudo... Dividir isso por outros hospitais de Lisboa não me parece uma excelente ideia. Mas se calhar estou enganada e vai ser muito melhor, não faço ideia, não sou técnica e não percebo assim tanto. Parece-me que para o Governo a decisão é tomada unicamente numa lógica economicista e com o intuito de alienar o edifício que, naquela zona, deve valer uns bons milhares.
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