Eu tive!!! Das duas vezes. Do G.
foi logo na maternidade no dia a seguir ao nascimento. Chorava, chorava e não sabia porquê.
Estava super feliz, mas as pessoas iam visitar-me falavam comigo e pimbas lá
vinhas as lágrimas aos olhos. Uma vergonha, mas era completamente involuntário
e não conseguia mesmo controlar. Acho que chorei com todas as visitas. Desta vez, foi
diferente, só chegou no dia da alta... Nos dois primeiros dias,
estive óptima…Mom Butterfly se me tivesses ido visitar à maternidade, ias ficar
orgulhosa! =)))
Na manhã do terceiro dia chegaram
as primeiras lágrimas. Acho que também teve muita influência o facto de o G. ter ficado doente (otite) e do maridão ter tido de sair de madrugada da maternidade para o levar às urgências. Voltando, estava na manhã do terceiro dia quando olho para a baby e dá-me um
Medo, mas um ME_DO que não imaginam. Comecei a pensar: como é que vou dar conta
do recado com dois babies. Como vou fazer? Será que vou ser capaz? E desatei a chorar…a
achar que não ia conseguir! Foram ali uns 10 minutos, depois passou-me e fiquei
bem. Quando voltámos para casa, já estava bem e só me apetecia abraçar o meu
bebé grande e apresentar-lhe a mana. Ele ainda estava doentinho, estava bem
disposto, mas ainda com muito ranho e tosse e apesar de todo o cuidado, a E.
ficou um bocadinho ranhosa. Tivemos de voltar com ela ao hospital e apesar de ter dito que ela estava bem, a
pediatra foi muito dura: ele não podia estar no mesmo quarto que ela, porque ela era
muito pequenina e não podia correr riscos. Nós olhámos um para o outro e
decidimos que íamos deixar o G. a passar uns dias na casa dos meus pais. E aí
sim, confesso que foi mesmo muito difícil…ter de o afastar assim, custou-me
IMENSOOOO. Apesar de terem sido ‘só’ três dias e de o ter ido ver todos os
dias, saia da casa da minha mãe todos os dias a chorar e a pensar como é que ia
ser…desde que entrou no colégio o G. tem ficado várias vezes doente. Normal, nada
de grave, felizmente. Como é que eu ia proteger a E. disto tudo??? Como? Eles
vivem na mesma casa, estamos no Inverno, as constipações são a ‘fruta da época’
como uma amiga costuma dizer… vou mandá-lo para casa dos meus pais sempre que
tiver doente? Nesses dias o medo invadiu-me, tinha medo de fazer asneira, de
ela tão pequenina ficar doente (ainda tenho) … de não conseguir lidar com os
dois, de fazer o G. sofrer…eram tantas as dúvidas, as inseguranças e só me questionava…como? Como é que as mães de
vários filhos fazem? E os ‘se’ esmagaram-me, as dúvidas assaltaram-me durante dias se ele
apanha varicela e escarlatina e mais um sem fim de outras coisas super
contagiosas…como é que eu faço com ela? Como mantém a rotina com o mais velho e
protegem o mais novo? Confesso que me tornei um pouquinho paranóica com essas
coisas dos contágios. Mas depois de ter
ido à minha pediatra, vim fiquei mais (pouco) descansada…ela diz que não é
preciso isolá-la e que eles podiam estar
na mesma sala e quarto é só ter cuidado para ele não espirrar e tossir
directamente para cima dela (óbvio), lavar bem as
mãos antes de lhe tocar, tomar banho sempre que chegar do colégio… Enfim, ter os cuidados básicos. Resultado, foram
para aí uns quatro dias complicados, estava super feliz com a baby, mas ao
mesmo mesmo tempo aterrorizada e chorava por tudo e por nada. Depois passou… o
medo continua cá, mas já não me dá para chorar…acho que as hormonas estão a
voltar ao lugar!
Notava-se tão bem este estado de espírito quando vos fui visitar. Mas acho que tudo aquilo que contas é normal. Eu própria acho que tenho esse pânico do segundo e ainda não o tenho. Depois a doença do G. e o facto de ter ido para os teus pais também não deve ter ajudado, mas interessa é que já passou. Protegê-los é quase impossível neste campo. É rezar para que sejam fortes e esperar!
ResponderEliminarSabes como sou...não consigo disfarçar!
EliminarAcho que se fizeres bem as contas e a criança nascer no Verão é mais fácil:-D sem ranhos, tosses e vírus.