Ando com uma preocupação que ainda não tinha partilhado aqui no blog... De vez em quando a V. acorda de noite e em vez de vir ter ao nosso quarto vai sentar-se num banquinho na casa-de-banho. Eu acordo sempre com o barulho, ou porque arrasta o banco ou porque abre a porta, e vou logo ver o que se passa. Vou sempre directa ao quarto e nada de princesa na cama... agora já sei que está na casa-de-banho. Chego lá e ela está sossegada, acordada, e estica os braços a pedir colo. Que estupidez! Mas o que é que ela vai para ali fazer??? Pego sempre nela e pergunto o que se passa, o que ela está ali a fazer, porque é que não veio ter com a mamã... Enfim ela não diz nada e depois volta a dormir. Ainda pensei que quisesse fazer chichi mas não, não é isso. Nas últimas semanas isto já aconteceu umas 3 ou 4 vezes. O que será? É estranho, não é? Será sonambulismo? Devo preocupar-me?
Na segunda-feira voltou a acontecer, mas foi diferente e pior. Acordou por volta da 1.30 a chorar imenso. Quando o M. lá foi ela estava escondida atrás da cadeira que tem no quarto e não saía de lá nem por nada. O M. pegou nela ao colo, deitou-a na cama e pimba... com tanto choro e aflição até vomitou um bocado. Ficou a dormir na nossa cama e no início estava meio agitada, mas acabou por dormir tranquila no nosso meio. Será que esta a ter pesadelos? Sei que há uma fase em que eles têm muitos pesadelos, mas confesso que já ouvi dizer que é aos 2, aos 3 aos 4, enfim já ouvi de tudo. Afinal, alguém sabe quando é que é esta fase? E o que devemos fazer?
Nao percebo de sonambulismo, mas na segunda feira tive pediatra com o João e ele alertou para os possíveis terrores nocturnos e medos que começam a surgir a partir dos 2 anos (geralmente). Ele ate falou que quando isso acontece convém pôr no quartinho deles uma luz de presença para eles nao ficarem tão assustados quando acordam de noite...
ResponderEliminarOs terrores noturnos e pesadelos não são a mesma coisa e podem dar-se ao longo de toda a infância, é preciso ver com o está a adaptar-se à escola, falar com ela mais profundamente sobre o que pensou, de que tem medo, etc.
ResponderEliminarVê este post: http://maria-jesuscandeias.blogspot.pt/2010/07/terrores-nocturnos-e-pesadelos-nas.html
Quando o meu filho tem uma extensão, digamos assim, do sonho para a realidade - através de choro ou chamamento e mesmo no caso de sonambulismo (que ainda não aconteceu propriamente) - a minha estratégia é continuar o sonho dele, mas dirigindo-o para uma imagem mais calma.
ResponderEliminarPor exemplo, havia alturas em que ele sonhava com os "maus". Chorava, eu tentava perceber o que era, e dizia qualquer como: "Estão a chatear-te? Vou-me zangar com eles. Vão-se embora, malandros! Querem levar tau-tau? Vão para a vossa casa que ninguém vos convidou para virem para aqui". Tudo isto em voz baixa. E dizendo sempre no fim um "Pronto, já está tudo bem".
Também havia alturas em que ele sonhava que eu ou alguém não o estava a deixar fazer qualquer coisa e começava a chorar. Então, eu dizi: "Tudo bem. A mamã deixa. Não te preocupes".
Enfim, acho que o segredo é mesmo tentar entrar no sonho. Dizer que o Noddy está bem ou vai ajudar... seja o que for para encaminhar o sonho para um momento mais calmo e tranquilo.
Penso que o livro do Mário Cordeiro tem uma parte sobre isto. Vale a pena.
Espero ter ajudado.
MG
Mais uma coisa. Esta não se aplica ao sonambulismo, mas aplica-se aos terrores ou pesadelos. Acho importante retirá-los por instantes da cama, do local onde estão a ter o pesadelo. Pegava muitas vezes no meu filho ao colo, às vezes passeava com ele pela casa ou apenas balançava até que o sentisse calmo ou de regresso ao sono. Então, voltava a colocá-lo na cama.
ResponderEliminarBjs
MG
Como já aqui disseram antes, pesadelos e terrores nocturnos não são a mesma coisa e devem ser respondidos de forma diferente. Nos terrores nocturnos apesar de parecerem acordadas, as crianças não chegam mesmo a acordar e não dá para os acordar. A melhor estratégia é mesmo a da MG, orientar o sonho noutra direcção. Aconselho também a leitura do Mário Cordeiro. Penso que nos livros "Dormir tranquilo" ou "O Grande Livro dos Medos e das Birras" se fala neste assunto.
ResponderEliminarBjs
Que coisa tão estranha, coitadinha da V. Estas situações deixam-me um bocadinho aterrorizada. Eu, que odeio a noite e tenho ainda hoje medo de dormir sozinha em casa, só penso no sofrimento que é para eles... A história do choro parece-me normal na idade dela, mas isso de se ir sentar no banquinho sem piar, faz um bocadinho de confusão, não?!
ResponderEliminarRelaxa, Mom Butterfly. São apenas situações, nada de complicado. Eu levantei-me várias vezes de noite quando era criança. E falava. Uma vez, já mais grandinha, acordei de pé, a puxar os lençóis da cama... "O que é que eu estou a fazer aqui?", pensei. Mas já me ria da situação.
ResponderEliminarÉ preciso levar a coisa com descontracção. E orientar os sonhos sem necessidade de acordar as crianças, trazendo-as à estranheza da realidade (o que se sente quando se acorda e não se sabe o que aconteceu).
Mesmo retirando a criança do local onde está a sonhar, podemos com calma ir encaminhando o sonho. Tudo com calma.
Beijocas
MG
Obrigada a todas pelas dicas! ;=)
ResponderEliminarNo geral a V. dorme lindamente. Aliás desde pequenina que dorme a noite toda seguida e sempre tranquila. Ela ADORA dormir :=)
Mas realmente estes últimos episódios preocuparam-em um bocadinho. Vamos ver como correm os próximos dias.
Beijinhos