O pai fez questão de o fazer sócio assim que ele nasceu e eu não me opus. Apesar de ligar imenso a futebol e Benfica ser para sempre, também sou suficientemente sensata para admitir que nestas coisas do futebol, a ligação pai-filho é importante e que dada a "doença" do A, dificilmente ganharia alguma coisa em tentar converter o R. ao clube da águia.
Achei graça quando o padrinho lhe ofereceu um mini-equipamento assim que ele nasceu, não me importo que ele diga que é do Sporting e faço questão de não o baralhar a tentar que diga que é do Benfica. Ele é um rapazinho esperto e quando lhe pergunto de que clube é a mãe, ele responde: "Ica"!!
Até aqui tudo bem. O problema é que o miúdo está a começar a exagerar. E a preferência clubística começa a tomar uma dimensão irritante para uma amostra de gente que ainda não tem dois anos...
Hora de comprar uns calções para a natação, estamos os dois na Benetton e perante duas hipóteses de cores, pergunto-lhe.
- R., gostas mais destes (azul) ou destes (verdes)?
- Spoting... diz ele a apontar para os verdes.
- Não, a mamã vai levar antes os azuis, são mais giros.
- Não!!!! Pôto, não! Spoting...
Outro exemplo:
Já na natação, o jogo passava por levar uns cubos coloridos para colar numa parede de esferovite. Havia amarelos, azuis, rosa, laranja e, claro, verdes! De cada vez que chegávamos ao sítio dos cubos, já ele vinha de braços estendidos a tentar pegar nos verdes e a gritar "Spoting"... Escusado será dizer que em 5/6 piscinas que fizemos para levar cubos de um lado ao outro, os verdes foram sempre os eleitos!