Baby G. já anda! Ou melhor já anda em determinadas alturas. Não é sempre e é só quando lhe apetece. Já há algumas semanas que da mãe
para o pai e do pai para a mãe é num
instantinho. Quando chegámos ao Algarve no dia 2 de Agosto alargou os seus
horizontes: uma recepção gigante com mesas e sofás e lá ia ele todo contente de um lado para o
outro. Ao todo, contabilizámos cerca de doze passos sem mão, sem estar agarrado a nada, enfim, sem ajuda. Ontem
ao lanche abriu-se todo um novo mundo. Estávamos a tomar café com a tia C. na
esplanada e à volta havia pilhas de coisas interessantes: pombos, meninos a
jogar à bola, a andar de bicicleta, pessoas com cães e baby G. não vai
de modas e decidiu que não estava interessado na nossa conversa e meteu-se a
caminho... Sozinho, sem mãos. Eu fui atrás dele, claro, que ele ainda parece
que bebeu um litro de vodka ao almoço e tem um problema, quando chega ao alvo
pretendido atira-se para cima dele (quando era para os meus braços ou do pai não
fazia mal) agora para cima dos pombos o resultado é certinho: joelhos no chão. Começou por ir atrás dos pombos,
mas como estes não lhe ligaram nenhuma e fugiam dele, ele virou-se para os cães. Eles ladravam, ele
chorava, eu trazia-o pela mão de volta e dois segundos depois lá ia ele outra
vez ter com eles. Depois foram os meninos que lhe deram corda. Ora o rapaz mal
sabe andar sozinho e já queria andar e chutar na bola ao mesmo tempo. Enfim,
foi toda uma animação quando ele percebeu que andava sozinho. Achou um piadão, metia a quinta e lá ia cheio de vontade (perdi a conta a quantos passos deu sozinho, mas foram muitos: à volta do banco, atrás dos meninos, da bola dos meninos... Ora claro está que, às vezes, perdia a concentração e o equilíbrio, e se não fosse o braço da
mamã, lá tinha ido umas quantas vezes de mãos e cara ao chão.
Quando é que podemos dizer que eles começam mesmo a andar? Acho que daqui a uns anos quando ele me perguntar quando é que foi, posso dizer que fez umas longas caminhadas aos onze meses e uma semana. Não sei se isto já conta como andar mesmo. Mas que está mesmo quase, está!
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