quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Quando o álcool chega às togas...

A única justificação para o brilhante acórdão do Tribunal da Relação do Porto que obrigou uma empresa de Oliveira de Azeméis a reintegrar um trabalhador que estava alcoolizado é mesmo essa... a de que os próprios juízes estavam bastante alcoolizados na hora de o escrever. Só pode... é que se assim não for, não consigo arranjar justificação para tamanha idiotice!

Diz o belo do texto: "Vamos convir que o trabalho não é agradável. Note-se que, com álcool, o trabalhador pode esquecer as agruras da vida e empenhar-se muito mais a lançar frigoríficos sobre camiões, e por isso, na alegria da imensa diversidade da vida, o público servido até pode achar que aquele trabalhador alegre é muito produtivo e um excelente e rápido removedor de electrodomésticos"

E dizem também os juízes que a empresa não deve instituir a regra de tolerância zero para o álcool, caso contrário ninguém quererá lá trabalhar. Really?!!! Com o desemprego a mais de 17%?!!!! Nem que estivesse a 1%, quanto mais!

Portanto, minha gente, toca a irem-se enfrascar antes de pegar ao serviço, que da maneira que o país anda só aguentamos esta crise com bastante álcool no sangue. E não tenham medo de ouvir o chefe dizer que não pode ser... se ele o fizer, mandem-no ir ler esta bela peça judicial que o Tribunal do Porto proferiu!

1 comentário:

  1. Pelo título, vi logo que este post só podia ser teu. Tens razão em tudo o que dizes. E acho que o álcool chegou a todas as nossas instituições democráticas...

    Beijinhos,
    MG

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