Se pensar bem nas coisas que fiz em 2011, não se pode dizer que tenha sido um ano em grande.Não viajei, nem sequer atravessei a ponte para ir ao Algarve. Não ganhei muito dinheiro. Não tive nenhuma mudança profissional fantástica. Para dizer a verdade, foi talvez o ano em que estive mais inactiva. Mas até podia ter estado de cama durante 8 meses que não teria feito diferença. 2011 será sempre e para sempre o melhor ano da minha vida. Para começar, publiquei o meu primeiro livro "Estes Políticos Devem Estar Loucos". Depois de um 2010 a trabalhar no duro, vê-lo bonitinho na estante das livrarias, folhear as suas páginas e ver o meu nome e foto foi uma sensação indescritível. Mas ainda assim não foi o acontecimento mais importante do ano e sim a chegada à minha vida do meu baby lindo.
O nascimento do R. é algo que jamais poderei repetir na minha vida. Posso ter outros filhos e quero tê-lo. Vou amá-los com toda a certeza da mesma forma. Mas o romantismo do primeiro filho é algo único, algo insubstituível, algo irrepetível. A magia dos primeiros pontapés dentro da minha barriga, a primeira ecografia, a barriga a crescer, as compras das primeiras roupinhas, a escolha dos pormenores para o quartinho. Sei lá, foi tanta coisa. E claro, depois a sensação do primeiro toque nele, o cheiro dele, os pormenores do seu corpo perfeitinho, o primeiro sorriso, o dormir abraçadinhos... as sensações são tantas e tão boas que por muito que escreva não vou conseguir transmitir toda a felicidade que tive em 2011. Nada jamais poderá superar este ano, disso não tenho dúvidas.
Desde 4 de Fevereiro que estou em casa. Primeiro uma gravidez de risco que valeu cada segundo que passei deitada, cada injecção que dei a mim própria, ou cada susto que me levou ao hospital (felizmente não foram muitos). Agora um bebé lindo para cuidar 24/7. Regresso em 2012, lá para Março, e sei que me vai custar horrores. Mas espero, mesmo, que o ano não seja tão mau como todos nos querem fazer acreditar. Sei que para mim não será, porque por muitas dificuldades que se avizinhem terei sempre em casa dois grandes motivos para sorrir: o A. e o R.
Apesar das saudades que vou ter, já estou com vontade de voltar a trabalhar. Tenho saudades do Parlamento, da adrenalina do jornalismo político, de pensar em mais coisas do que apenas em cocó e fraldas:)))) Atenção que não troco pelo trabalho, mas a certa altura temos que voltar a viver o resto. Desejo, por isso, a todos, um 2012 fantástico e que a crise seja só uma palavra feia na qual não tenhamos que pensar tantas vezes como hoje pensamos.
A mim já só me ficou mesmo a faltar plantar uma árvore. Talvez seja um projecto a considerar em 2012, quem sabe...