O Natal é daqui a dois dias e não sei porquê ainda não entrei no espírito. Não sei se é do excesso de trabalho, do facto de não conseguir andar pelas lojas, de não ver as iluminações porque baby G. não gosta de andar no ovo. Não sei se é porque anda toda a gente deprimida e só se fala em crise, dívidas e falta de dinheiro. A verdade é que o consumismo e o pessimismo não deviam fazer parte desta época. O Natal devia ser uma época de alegria, não porque o Pai Natal vem com o saco mais recheado, mas porque estamos a comemorar o nascimento de Jesus. Como católica acredito nisto. Como católica este ano estou muito agradecida pela bênção de ter o G. na minha vida. Não me canso de agradecer, mas a verdade é que desde que o G. nasceu não tenho ido à missa. E acho que é por isso ainda não entrei no espírito… Mas isto de ser católica tem o que se lhe diga, não sei se vocês sentem isso, como é que vivem a religião, mas eu, às vezes, entro numa relação de toma lá, dá cá com Deus. É mais ou menos assim, penso que se for à missa, se rezar, se me confessar e cumprir com o que é devido serei recompensada. Uma parvoíce, a religião não é como a bolsa de valores, não ‘ganha’ quem dá mais. Fazer o que é certo, só por si, é bom e não há prémio, apenas aquela sensação gratificante de estarmos bem connosco, com os outros e com Deus. A verdade, é que muitos de nós só se lembra de Deus quando estamos à rasca, desesperados, não sabemos o que fazer e acreditamos que só uma força divina e superior à nossa nos pode ajudar. Na verdade, devíamos ir à missa e ouvir a palavra de Deus para quando esses maus momentos nos baterem à porta sermos capazes de os enfrentar e de olharmos para as coisas que nos acontecem de uma forma diferente. Isto na teoria é fácil. Mas a verdade é que não tenho posto em prática. E às vezes sinto-me culpada ( a culpa católica que tanta gente fala), sinto que estou em falta, fico com medo que alguma coisa má aconteça por estar a ser tão incumpridora. Porque quando tenho medo, sempre que estou aflita entupo os ouvidos de Deus e peço uma, duas, vinte mil vezes para ele me ajudar e agora que ele meu esta graça de ser mãe nunca mais pus os pés na casa Dele. Podia desculpar-me com os horários malucos do G. e é isso que faço para não me sentir tão transgressora, mas, sei, lá no fundo sei, que se eu quisesse mesmo ir, já tinha ido e arranjava maneira de ir todas as semanas. E é isso que quero voltar a fazer, mas não pelos motivos errados, não por medo se ser castigada, mas por acreditar que me faz bem e que faz de mim uma pessoa melhor. Espero que Sábado, rodeada dos que mais amo, o verdadeiro espírito de Natal chegue. Chegue pelo amor e pela alegria de estarmos todos juntos. E porque o Natal também são sorrisos e gargalhas, espero que o Pai Natal também apareça por lá para os mais pequeninos - não o G., que este ano não vai ligar a nada- fiquem felizes e contentes da vida.
Lindo texto de Natal!!!! Tb estou em dívida com Ele. Grande dívida dp do enorme presente q me deu.
ResponderEliminarBom... Adorei o teu post. Tal como vocês tb eu estou em dívida. Também tive um presente delicioso e ainda não fui agradecer como deve ser.
ResponderEliminarA minha dívida talvez até seja maior. Vocês que me conhecem sabem que vou à missa muito pontualmente e a verdade é que tenho pena. Sempre que vou gosto. Gosto muito e sinto-me bem, mas não sei bem porquê depois fico imenso tempo sem ir. A última vez que fui, foi com a BebéBolsão e foi uma missa para grávidas, para abençoar as futuras mamãs. Foi óptimo. Gostei tanto.
Esta é uma das coisas que tenho de mudar em 2012. Tenho de ir mais à missa, falar mais com Deus e não só em momentos de aflição, como a Bebébolsáo tão bem explicou.