Ter ou não ter um segundo filho?

Relax... ainda não estou a pensar nisso... De qualquer forma, ultimamente é um assunto que tenho discutido com algumas amigas que também já são mães. Com a crise a assaltar-nos a casa todos os dias pelos ecrãs da televisão, pelos artigos de jornal ou pelas conversas de café, a dúvida aumenta. Ter ou não ter um segundo filho, numa época de incerteza financeira como aquela que vivemos, é um tema que preocupa muitos pais. Oiço muitas vezes alguns amigos dizerem que não querem ter mais filhos, porque não têm como os sustentar e porque com dois dificilmente poderão dar a qualidade de vida que querem dar aquele que já têm. Mas na minha cabeça fica a questão? O que é mais importante? Dar aos nossos filhos um computador, uma mensalidade numa escola privada, uma playstation, roupa de marca ou dar-lhes um irmão ou irmã? Bem sei que para muitas famílias a dúvida nem é entre  uma coisa ou outra, mas há casos em que é mesmo uma questão puramente material.
Como não sou filha única e adoro ter uma irmã, acho sempre que devemos optar pela segunda hipótese. Os nossos pais criaram-nos com muito menos e não é por isso que deixamos de ser crianças felizes, talvez até mais felizes que muitas hoje em dia que têm tudo e não ligam a nada. As primeiras calças de marca que a minha mãe me comprou já eu andava no 5º ano, em escolas privadas nunca andei e lá por isso não fui  menos feliz. Bem sei que não me posso queixar e que os meus pais me deram muito mais do que outras crianças tiveram. Sempre fui uma privilegiada, mas se a opção fosse deixar de ter muitos dos luxos que tive em vez de uma irmã, preferiria com toda a certeza uma irmã. Acho que hoje em dia muitos pais pensam com egoísmo material na questão do segundo filho. Por isso minha gente, pensem que a crise não dura para sempre e se não lhes dermos mais, damos menos. O que importa é que o amor que lhes damos seja sempre o mesmo e bastante.