Estou afastada do mundo político há largos meses. Quando vim para casa de baixa Sócrates era ainda primeiro-ministro e Augusto Santos Silva era ministro da Defesa. O PS já evidenciava algumas quezílias internas, mas o "grande líder" parecia ainda ser a voz mais forte que permitia dar a entender cá para fora uma unidade, ainda que podre. Encontrar algum socialista de primeira linha que ousasse falar publicamente contra Sócrates era um achado. Nem António José Seguro, apesar da notória insatisfação, falava concretamente contra Sócrates. Mas como aconteceu no PSD quando Cavaco abandonou o partido após uma dezena de anos no poder, também o PS parece estar a sofrer do síndrome de luta interna aberta. Fiquei deveras curiosa quando hoje vi este post de Augusto Santos Silva no Facebook (http://www.facebook.com/profile.php?id=100000678188420), onde não se limita a criticar Passos Coelho ou Paulo Portas, mas deixa claro o quanto respeita o líder do seu partido, mandando Seguro fazer " uma viagem a Paris, para exorcizar o seu Espectro", numa clara alusão ao facto de o actual líder do PS ainda não conseguir fazer esquecer Sócrates. Adivinham-se tempos difíceis no PS. Só espero que sejam mais rápidos a resolvê-los do que o PSD.
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