O ano está a chegar ao fim e a minha agenda também. Desde o tempo do “ pró Natal o meu presente eu quero que seja, minha agenda, a minha agenda” eu tenho uma agenda em papel. Na altura, do alto dos meus seis, sete anos, servia para anotar as festinhas de anos que tinha. O que é que pensam? A minha vida social era muito agitada e todos os fins-de-semana tinha compromissos agendados com a minha letra perfeitinha à ‘primaria’; Todos com uma cor diferente, que eu era menina para ter para aí umas vinte canetas de cor diferentes. Hoje, vejo os aniversários no facebook, mas a agenda continua a fazer-me falta para outras coisas do género…anotar quando troco de lentes. É verdade e é importante. Passado quarenta e cinco dias as lentes ficam sem validade. Eu só me lembro muito tempo depois quando começam as dores de cabeça e os olhos pesados e penso: ‘hummm acho que tenho de trocar de lentes’ e pronto, vou à minha agenda e confirmo que, sim senhora, no dia tal troquei de lentes e que de lá para cá passaram para aí 60, 70 dias…e zungas, lá vou eu trocar as ditas! Serve para agrafar os bilhetes de cinema, que diga-se de passagem eram uns quadradinhos de cartão todo jeitosos e agora desde para aí 2009 são umas míseras folhinhas de papel. Serve para apontar as consultas médicas, as unhas, a depilação e mais uma outras tantas coisas que eu agora não me lembro e que realmente também não são assim tão importantes ( não tenho mil e quinhetas reuniões por dia, o meu trabalho é mais um brainstorming por mês) mas mesmo assim, e apesar de já não ter tanta utilidade como antigamente, a agenda faz-me falta, se não a levo sinto que a minha mala não está completa. Quando andava na faculdade tinha umas agendas escolares coloridas da Agatha Ruiz de la Prada, de lá para cá já tive de tudo um pouco, umas que amei, como a do Lifecooler, outras nem tanto, como a deste ano, é da Zara Home, é um bocado pesada e a capa começou a estragar-se em Março. Ora agenda que é agenda tem de se manter firme até Dezembro. E pronto, está aberta a época de caça à agenda. É uma escolha decisiva porque uma má compra é um fardo para o resto do ano.
Já não aguento mais este tema. Já enjoa, já disseram tudo e aparentemente não há nada a fazer. A mim, o corte dos subsídios não me afecta. Como trabalhadora independente não recebo nem subsídio de natal nem de férias, nem tenho direito ao subsídio de desemprego, portanto, no meu caso, só tenho deveres (pagar impostos e segurança social) e nada de direitos. Mas passando à frente que este tema irrita-me…o que eu não entendo MESMO é que nós chegámos a este estado de bancarrota por culpa de alguém, de muitos que, por lá passaram, roubaram e vieram-se embora impunes. Eu não percebo muito de política ( se eu estiver a dizer alguma asneira corrige-me Mom Butterfly) mas ninguém é responsabilizado por nada. O máximo que lhes acontece é perderem as eleições e depois arranjam outros trabalhos como se nada fosse. No currículo não fica escrito de 2000 a 2005 roubaram, são ladrões, e como não são condenados nem com cadastro ficam. O grave é que todos nós sabemos quem são, todos nós sabemos o que fizeram, todos nós assistimos à ladroagem, mas ninguém faz nada… e isto repete-se ano após ano, eleição após eleição. Isto, sim, eu não entendo !
PS: E também não concordo com a greve! Porque paralisaram o país para nada, porque, no fundo, ninguém tem nem uma alternativa nem uma proposta melhor!
Todos os dias perco centenas de fios de cabelos. A cada hora que passa, o baby G. arranca-me mais cinco ou dez ou vinte….por isso estou com medo de chegar ao fim do mês sem conseguir fazer um rabo de cavalo! Vá, também estou a exagerar, mas a coisa é mesmo séria. A May Mom já me tinha avisado, mas eu assobie para o lado. Ainda não me tinha caído, caiu-lhe a ela, mas podia não me cair a mim. Sim, sim…deves ter cá uma sorte! E não tive. Quase que tenho uma sincope sempre que saio do banho, cada vez que olho para o meu filho ele tem cabelos meus nas mãos, na roupa, também estão no berço, no carrinho…eu já estou a desconfiar que isto é uma artimanha do baby para ser o único cabeludo da família. Sim, porque a ele, cabelo é coisa que não lhe falta; o D., coitado, já está quase careca não há nada a fazer. Eu, a este ritmo, para lá caminho muito rapidamente. Ampolas, spray e afins... Alguma recomendação?
Ontem levei o baby G. ao meu futuro local de trabalho, correu tudo lindamente, dormiu, acordou, ‘conversou’ e deixou conversar. Tratei de tudo e vim-me embora, faltava, mais coisa menos coisa, meia hora para ele comer. Até minha casa, pela auto-estrada, são, no máximo, a passo de lesma, dez minutos. Despedidas feitas, baby G. no carro a dormir, lá rumamos de volta a casa. Assim que entro na auto-estrada, paro. Uma fila gigante, chovia a potes, tudo parado. Cinco minutos depois, ninguém se mexia. Mais cinco, na mesma. Baby G. , que gosta de ser embalado como eu gosto de croissants quentes, começa a perceber que a viatura parou e acorda. Acorda, conversa, não vê ninguém, resmunga, resmunga mais um bocadinho e depois chora. Chora e fica vermelho e berra e soluça e chora e chora. Conclusão: quinze minutos depois, continuava parada, com uma fila gigante à minha frente e baby G. aos berros no banco de trás. Stress, nervos, não sabia o que fazer…pensei quatro piscas e vou pela berma. Ainda bem que do pensamento ao acto ainda levo um tempo, porque nem dez segundos depois a polícia passa ao meu lado. Livrei-me da multa, mas baby G. continuava aos berros no banco de trás. Mais nervos. Mais stress. Passado mais cinco minutos de berros, atinjo o meu limite, puxo o travão de mão e salto para o banco de trás, assim como assim, a fila não andava. Aero-Om, nada. Ele queria comer e eu estava no trânsito e a fila andava a passo de caracol, mas lá andava e quando olho para a frente percebo que tenho de voltar para o volante. Ele continuava a chorar, mas teve mesmo de ser! Mas já estive mais longe de entrar para os insólitos: mulher encalacra ainda mais o trânsito na A5 para dar de mamar ao filho!
Comer sushi…tenho muitas saudades! Quando estava grávida, o obstetra não deixava. Agora que estou a amamentar, é a pediatra que não deixa.
Idem idem…para as madeixas no cabelo.
Sim, eu sei que há muita gente que faz e come e que provavelmente não faz mal! Eu confesso que se não tivesse perguntado, também já me tinha aventurado, mas como perguntei e levei literalmente uma nega, não tenho coragem de fazer madeixas nem de comer sushi! Resta-me esperar! O cabelo, enfim, já me estou a habituar ao meu castanho natural!Mas o sushi, estou mesmo a salivar…só de me lembrar das delícias da Confraria, dos temakis do Estado Liquido, fico com água, muita água na boca. E já ouvi dizer que abriram mais dois ou três restaurantes japoneses deliciosos em Lisboa!!!!! Quando me derem autorização, podíamos fazer um MEGA jantar! O que acham?
Nesta consulta com a pediatra esqueci-me de fazer perguntas sobre a minha pessoa. Mas não consulta dos 3 meses, vou voltar à carga. O não está garantido.
Sexta-feira ligaram-me da Sephora a perguntar se queria fazer uma maquilhagem…e eu pensei, não é tarde nem é cedo, é mesmo amanhã que me vou perder no shopping! Acabei de escrever o que me faltava, peguei no baby G. e tuc, tuc, tuc, lá fomos nós até ao Cascaishopping – meia hora atrasada e tal, cocós mesmo à saída de casa, roupa toda suja, mas isso agora também não interessa nada . Fui directa à Sephora e sai de lá nova. Lembram-se de eu ter dito que já não saía de casa sem maquilhagem, mas que me faltavam alguns utensílios? Pois então, já não faltam. Vejamos: comprei um kit de pincéis e umas sombras lindas: aquilo está bem feito, convidam-nos para ir lá, uma expert maquilha-nos, ficamos com óptimo aspecto, gostamos e tungas, compramos, está claro. Mas não ficamos por aqui:comprei também um creme de noite. Eu estou a fazer um tratamento para as manchas e eis que estou a ficar com a pele um bocado seca e, vai daí, com medo das rugas, dos papos, da flacidez e do diabo a quatro, lá comprei o creme para pôr depois do serum das manchas. Abeille Royale da Guerlain. Diz o folheto que utilizam o poder de reparação celular dos produtos derivados da apicultura para diminuir a incidência das rugas e promover a firmeza dos tecidos. É mesmo isso que a gente quer. Experimentei ontem e gostei . Vamos lá ver, agora rezem para eu não ficar cheia de borbulhas.Mas ainda não é tudo, comprei um desmaquilhante para os olhos e uma acetona, achava eu, mas agora depois de ler percebi que afinal aquilo não tem acetona, mas pronto, é para tirar o verniz, que era o que eu queria. Basta mergulhar o dedo e tcharam… eles asseguram que num minuto ficamos sem verniz, sem precisar de algodão, sem precisar de esfregar, sem restos nos cantos…hum muita fruta! Ainda não experimentei, depois logo conto se é mesmo assim. E pronto, nisto gastei uma pequena fortuna e por isso já nem me atrevi a ir a outras lojas…Não vi malas, nem casacos, nem relógios, nem sapatos, nem nada! Fica para a próxima!
Aqui fica
Sombras: Guerlain
Creme de noite Abeille Royale, Guerlain
Kit de pincéis, Desmaquilhante de olhos e um elimina verniz: Sephora
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Não sei como está o tempo para os vossos lados, mas por aqui a coisa está, assim, monótona…chove e chove e chove mais um bocadinho e não pára e ouvem-se alarmes a tocar, sirenes, trovões, vêem-se raios … e cheira-me que vai ser assim a noite toda. Eu continuo a canja, chá e torradas, continuo cheia de trabalho, mas como a inspiração se foi e ainda não voltou vim passear por aqui…
Então vejamos…Natal??? Árvore, não ainda não tenho e já estou a ver o D. a revirar os olhos quando lhe pedir para ir à garagem buscar a dita…normalmente montamos, vá, ele monta a árvore no primeiro fim-de-semana de Dezembro. Presentes, não, também ainda não fiz nenhuma listinha. Não sei o que quero nem o que é que vou oferecer. E o G. ainda não vê o Panda, nem anúncios, por isso não tem exigências...menos mal. Dou-lhe mais um ou dois anos. Quanto a mim, definitivamente estou a precisar de passar uma tarde no shopping! E acho que sim, podíamos fazer uma listinha ilustrada dos nossos objectos de desejo. Se bem que cheira-me que só a Mom Butterfly vai conseguir adicionar fotos e imagens e vídeos. Eu, croma, e a May Mom andamos com alguns problemas técnicos.
E a passagem de ano? Já alguém pensou nisso? Com os babies este ano vai ter de ser uma coisa mais caseira. O que não é necessariamente mau. No ano passado fizemos o jantar cá em casa e foi bastante divertido e muito mais barato.
Dormi pouco, acordei com dor de estômago – devo ter comido alguma coisa estragada, estou indecisa entre o bolo cheio de creme que devorei ao lanche ou o folhado de pato que comi ao jantar - e por isso, hoje estou a canja, torrada sem manteiga e kompensan-s; A juntar a isto, tenho montes de coisas para escrever e queria ver se entregava tudo amanhã, mas a inspiração ‘deu de frosques’ e, na verdade, o que me apetecia mesmo agora era enroscar-me numa manta no sofá a ver uma maratona de Anatomia de Grey. No sábado, o G. estava a dormir e nós, como nos velhos tempos, vimos uns quantos episódios seguidos. A série 8 vê-se…está longe da excelência das cenas e dos diálogos das primeiras temporadas, mas vendo bem já lá vão oito anos de Meredith e Derek…às tantas já não há muito mais para contar, já passaram por todas as fases: primeiro apaixonaram-se, a seguir desiludiram-se, depois dormiam com todos, mais tarde decidiram ficar juntos, depois zangaram-se outra vez, a seguir encontraram novas pessoas, mais à frente perceberam que se amavam e queriam ficar juntos, casaram e agora querem ter filhos. Bate certo, costuma ser o ciclo natural das relações. Isto para dizer que já não é o que era, mas que não há mais nada para ver. Gostava de me voltar a apaixonar por uma série! Já lá vão os tempos em que era só escolher: ele era Prison Break, Lost, Anatomia de Grey, Boston Legal, Brothers and Sisters e agora o que há? Eu sei que ando desactualizada e com pouco tempo, mas se alguém souber de uma série fantástica que valha a pena ver, manifeste-se. Gostava de alguma coisa que me empolgasse. Aceitam-se sugestões.
Mães experientes e sabidas dêem-me alguma esperança no futuro. Eu não me posso queixar estou a uma escassas 600 gramas do meu peso normal, a minha barriga até esta lisinha, mais flácida e mole, claro, mas tenho fé que com uns quantos - vá, muitos - abdominais a coisa se dê e volte tudo ao lugar. Ainda tenho tempo, afinal só daqui a seis meses, mais coisa, menos coisa é que tenciono voltar a vestir um biquíni…portanto estou optimista. O que me preocupa de verdade é o umbigo! Não é para me vangloriar, mas eu até tinha um umbigo bonitinho, assim pequenino, era maneirinho e eu gostava muito dele. Agora parece um buraco sem fundo à vista. Já passaram dois meses e não há meio de ele voltar ao que era. Digam lá… há esperança? Ele vai voltar ao normal? Ou vou ter de me habituar a este túnel que se abriu dentro da minha barriga?
No outro dia a cantarolar umas músicas para o G., um remix entre versos de músicas infantis com letras avulso de canções de que me vou lembrando, uma música invadiu-me o pensamento. O Restolho da Mafalda Veiga. Adoro. Há anos que já não ouvia. Faz-me lembrar os tempos das colónias de férias, os jogos de pistas, as noites de Verão ao relento, as cantorias, as partidas às camaratas dos rapazes… quem disse que a adolescência é a pior fase da vida de um ser humano?
Um dos meus versos favoritos: “A vida não é existir sem mais nada, a vida não é dia sim dia não, é feita em cada entrega alucinada para receber daquilo que aumenta o coração”.
PS: O G. ouve-me cantar e não chora, é um querido e um resistente. Sim, porque se há coisa que eu faço mal na vida é cantar
PS 2: Não consigo adicionar o vídeo. Sou uma croma! =(
Eu sou assim uma pessoa pró despistada, nasci assim, o que é que se há-de fazer? Diz que é do signo, sou aquário…mas como não percebo muito de horóscopos não vou culpar a astrologia sem provas e por isso faço aqui um mea culpa. Sou uma cabeça no ar, nunca sei do telemóvel, das chaves, dos óculos de sol, cada vez que saio de casa, volto sempre para trás porque me esqueci de alguma coisa. Enfim, é um problema crónico que me acompanha desde sempre, mas que tem vindo a piorar francamente nos últimos tempos e está a ficar mesmo grave. Ora vejamos, agora dei para me esquecer das chaves de casa na porta! Eu já era despistada quando só tinha de me levar a mim e à minha mala, agora saio eu, o baby G., o carrinho, a mala do baby , a minha mala… e era óbvio que alguma coisa tinha de ficar para trás. Podia ser o meu cachecol, baratinho, mas, não, são mesmo as chaves de casa, na porta, a dizer aos ladrões: “bem vindos ao meu maravilhoso lar”. A sorte é que tenho vizinhos honestos que no outro dia foram dar a chave ao D. - nesse dia voltei para casa com ele, entramos pelo andar debaixo e ele abriu a porta, por isso não nem reparei que não tinha chaves. Resultado, levei na cabeça do D. Óbvio. O que ele não sabe é que isso já me aconteceu mais duas vezes e que mais uma vez eu só dei por ela quando voltei para casa e vi as minhas chaves penduradas na porta a gritar para qualquer um que passasse: Entre, se faz favor! Isto é grave, mas ainda há mais, para além de convidar estranhos a entrar na minha casa, também ofereço o carro. É que agora também dei para me esquecer de trancar a viatura, que é como quem diz: “ladrões, amigos, entrem e estejam à vontade para dar umas voltinhas e gastar uns euros de gasóleo”. Vendo pelo lado positivo, se quiserem mesmo roubar, ao menos não partem os vidros. E tem sido esta a minha vida. Por isso, se alguém souber de uns comprimidinhos porreiros que me ajudem a conservar a integridade do meu carro e da minha casa, avise. Eu vou ficar muito agradecida.
